É Greve! Roteiristas de Hollywood dão passo importante para paralisação da categoria em maio

Por Amelia sperb

Os roteiristas de Hollywood estão cada vez mais perto de uma possível paralisação, com uma maioria esmagadora de membros elegíveis do Writers Guild of America (WGA) (o sindicato dos roteiristas dos Estados Unidos) votando a favor de uma greve.

De acordo com o THR, 97,85% dos membros elegíveis votaram a favor de uma greve, com 9.218 membros votantes numa demonstração sem precedentes de participação e apoio. As negociações em Hollywood têm esquentado ultimamente pois 1º de maio é o prazo final para o término do contrato de três anos entre o WGA e a maioria dos estúdios.

Isso não significa que a greve seja iminente; de fato, a associação votou por 96% para autorizar uma paralisação em 2017, mas isso acabou por não acontecer. A votação permite que os líderes do sindicato, que representa milhares de roteiristas de cinema e TV, convoquem uma paralisação se o WGA e os estúdios não conseguirem negociar um novo contrato de cinema e TV, além de dar ao sindicato uma boa vantagem.

“Vocês expressaram a força coletiva, solidariedade e a demanda por mudanças significativas em números impressionantes”, disse o WGA em um comunicado aos membros. “Armados com esta demonstração de unidade e determinação, continuaremos a trabalhar na mesa de negociações para conseguir um contrato justo para todos os escritores”.

Enquanto isso, a Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP), que negocia em nome da maioria dos estúdios de produção de Hollywood, disse que o voto de autorização de greve “não deve surpreender ninguém”, de acordo com o The New York Times.

“Um voto de autorização de greve sempre fez parte do plano do WGA, anunciado antes mesmo de as partes trocarem propostas”, disse a AMPTP. “Nosso objetivo é, e continua sendo, chegar a um acordo justo e razoável. Um acordo só é possível se o sindicato estiver empenhado em voltar o foco para negociações sérias, envolvendo-se em discussões completas sobre as questões com as empresas e buscando compromissos razoáveis”.

O WGA busca principalmente aumento de remuneração e melhores condições de trabalho, especialmente porque a era do streaming mudou o negócio de entretenimento como o conhecemos. Como o número de produções de filmes e TV disparou, os líderes sindicais argumentam que os estúdios não acompanharam o ritmo.

Entre os pedidos do WGA estão os tamanhos mínimos de equipe de roteiristas de televisão, uma reformulada nos resíduos de TV e aumentos no salário mínimo. O WGA e a AMPTP se reuniram nas últimas semanas e não conseguiram chegar a um acordo.

O WGA entrou em greve pela última vez em 2007, levando a uma paralisação histórica de 100 dias que impactou a produção de diversas séries e filmes.

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