Países da Europa batem recordes diários de casos de Covid-19 e já se fala em ‘Natal digital’

Amelia sperb Por Amelia sperb 3 Min Read

Diversos países europeus estão batendo recordes diários de contaminação em um sinal de que a segunda onda de Covid-19 está saindo do controle. A Espanha segue como o país com maiores dificuldades neste momento. O estado de emergência em Madri, que criou um cabo de guerra entre governo central e regional, termina nesta sexta-feira (23). Mas isso não quer dizer que as medidas de restrição serão relaxadas — a nova direção para a cidade deve ser anunciada ainda hoje. Os espanhóis têm registrado cerca de 15 mil novos casos por dia em um crescimento exponencial. O mesmo está ocorrendo na Alemanha, onde os contágios dispararam. Na quinta-feira (22) foram mais de 11 mil casos e o governo reconhece que a situação é muito séria.

A República Tcheca, que se tornou outro foco importante da doença, está reintroduzindo medidas de distanciamento social. O primeiro-ministro Andrej Babiš chegou a pedir desculpas para a população porque, semanas atrás, ele havia dito que uma nova quarentena não seria necessária. Mas a situação saiu do controle e o fechamento parcial do país é necessário para proteger o sistema de saúde pública, segundo o líder tcheco. Os hospitais da Holanda também voltaram a enfrentar dificuldades — o país registrou ontem cerca de nove mil casos. O governo de Amsterdã anunciou que vai começar a transferir pacientes para serem tratados na Alemanha por conta da falta de vagas.

No Reino Unido, a cidade de Manchester entra hoje em lockdown — também depois de um grave conflito entre prefeitura local e governo central. Os mancunians, como são chamados os moradores da cidade, se juntam a Liverpool, que também já tinha regras duras de isolamento, incluindo fechamento de pubs, casas de apostas e proibição de aglomerações. Até a Suécia está apertando suas regras mais uma vez por conta do aumento de casos de Covid-19. O governo decidiu restringir a capacidade de casas noturnas para apenas 50 pessoas. Por tudo isso, o governo da Escócia foi bem direto: a população deve se preparar para um Natal digital, porque a ideia de uma ceia normal é apenas uma ficção neste momento.

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