Nobel premia pesquisadores por tecnologia da vacina contra Covid

Por Amelia sperb

A húngara Katalin Karikó e o americano Drew Weissman “contribuíram para a taxa sem precedentes de desenvolvimento de vacinas”, segundo a instituição

O Prêmio Nobel de Medicina deste ano foi concedido aos cientistas responsáveis pela criação da tecnologia da vacina de RNA contra a Covid-19. A bioquímica húngara Katalin Karikó e o imunologista americano Drew Weissman foram os premiados.

“A Assembleia Nobel do Karolinska Institutet decidiu atribuir o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2023 conjuntamente a Katalin Karikó e Drew Weissman ‘pelas suas descobertas sobre modificações de bases de nucleósidos que permitiram o desenvolvimento de vacinas de mRNA eficazes contra a COVID-19′”, diz o anúncio oficial.

Segundo a instituição, “as descobertas dos dois laureados com o Prêmio Nobel foram fundamentais para o desenvolvimento de vacinas de mRNA eficazes contra a COVID-19 durante a pandemia que começou no início de 2020”. “Através das suas descobertas inovadoras, que mudaram fundamentalmente a nossa compreensão de como o mRNA interage com o nosso sistema imunológico, os laureados contribuíram para a taxa sem precedentes de desenvolvimento de vacinas durante uma das maiores ameaças à saúde humana nos tempos modernos”, segue o texto do anúncio.

Além do reconhecimento internacional, os laureados receberão uma generosa quantia em dinheiro, que totaliza 11 milhões de coroas suecas, o equivalente a cerca de R$ 4,8 milhões. O Prêmio Nobel de Medicina é entregue desde 1901, seguindo as diretrizes estabelecidas no testamento do químico e inventor sueco Alfred Nobel (1833-1896).

Ao longo dos anos, foram concedidos 113 prêmios de Fisiologia ou Medicina. No ano passado, o geneticista sueco Svante Paabo foi o grande vencedor, por seu trabalho no sequenciamento do DNA dos Neandertais, uma espécie extinta de hominídeos. Paabo também descobriu uma nova espécie de hominídeo chamada Denisovan.

As vacinas de mRNA causaram bastante controvérsia durante a pandemia de Covid-19. A novidade da tecnologia gera desconfiança em muitas pessoas ainda hoje, mesmo depois do fim da crise de saúde. Os debates sobre o assunto influenciaram de forma decisiva em processos eleitorais de todo o mundo, mas em especial no Brasil, então governador por Jair Bolsonaro.

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