Órgãos reguladores da China aprovaram nesta semana a produção de uma vacina anti-covid com a tecnologia mRNA (RNA mensageiro), que será usada em casos de emergência e em doses de reforço. O imunizante é o primeiro do país com a tecnologia, que também é adotada nas vacinas da Moderna e da Pfizer. A vacina foi desenvolvida pelo CSPC Pharmaceutical Group.
As vacinas em uso na China
Até agora, a China tem usado vacinas de produção própria, como a CoronaVac, aplicada também no Brasil, e a Sinopharm. Os imunizantes com essa tecnologia expõem uma pequena parte do coronavírus morto ao sistema imunológico do paciente para estimular a produção de anticorpos.
Porém, diversos estudos mostram que o método tem uma eficácia menor do que as vacinas que foram aplicadas no Ocidente. Apesar da política “covid-zero” do governo de Xi Jinping, os protestos e manifestações populares diminuíram as restrições e o isolamento preventivos contra a Covid-19. Agora, o país procura novas formas de proteger a população chinesa do coronavírus.
Depois de uma recusa inicial, a China reavaliou a medida e órgãos reguladores aprovaram a produção de fármacos com a tecnologia mRNA para prevenir quadros graves e mortes.
Como funcionam as vacinas com tecnologia mRNA e resultados dos testes
- No método da vacina, o mensageiro mRNA entra no corpo da pessoa e estimula a produção temporária da proteína Spike.
- A proteína entra em contato com o coronavírus, o sistema imunológico do infectado o reconhece e passa a produzir anticorpos.
- Os primeiros resultados dos testes das vacinas têm tido resultados positivos quando usadas como reforço.
- Os efeitos adversos e sintomas colaterais foram muito menores em idosos, em comparação com adultos.