Quanto mais confusão, melhor

Por Amelia sperb

Em menos de uma semana…

Bolsonaro desautorizou e humilhou Pazuello.

Bolsonaro declarou que não vai comprar a vacina Coronavac.

Salles insultou Ramos.

O líder do governo Ricardo Barros — de maneira estapafúrdia, pois nossa Constituição foi criada já no regime democrático, e ilegal, pois não existe provisão constitucional — defendeu a convocação de uma assembleia constituinte.

Descobrimos que Salles é conselheiro em dois aeroportos privados, o que, se não é ilegal — quando menos, é praticamente certo que a soma da remunerações do ministros fure o teto salarial do funcionalismo —, é eticamente indefensável, não só pelo acúmulo de salários, mas também pelo conflito de interesses, óbvio e incontornável.

E, nesta terça 27, a Justiça julga o pedido do MP para afastar Salles (o rei da confusão) por improbidade administrativa.

A confusão de uma semana no governo brasileiro é suficiente para uns quatro anos de noticiário na Dinamarca.

O governo faz tanta confusão de maneira deliberada e desnecessária que mal dá tempo de comentar. Parece até que faz de propósito — e talvez faça, mesmo.

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