Suplente de Flordelis é alvo de operação no caso das rachadinhas

Por Amelia sperb

O Ministério Público do Rio de Janeiro realizou na manhã desta terça-feira, 20, uma operação, com apoio da Polícia Civil, contra o ex-deputado estadual e radialista Pedro Augusto (PSD) e três assessores dele. A ação faz parte das investigações de casos envolvendo o esquema de ‘rachadinhas’ e ocorre um dia depois de VEJA revelar com exclusividade que 42 dos 70 parlamentares da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) estão sendo investigados por recolher ilegalmente parte dos salários de funcionários de seus gabinetes – ou seja, mais da metade deles.

Pedro Augusto teve quatro mandatos na Alerj. Na eleição de 2018, ele tentou se eleger deputado federal, mas ficou na suplência da deputada Flordelis (PSD), acusada pela polícia e pelo Ministério Público de mandar matar o marido. O nome de Pedro apareceu em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), em 2018, que deu origem às investigações das movimentações financeiras atípicas em 22 gabinetes, entre eles o do hoje senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com as investigações, Pedro é suspeito de ter movimentado R$ 4,1 milhões com o esquema.

A força-tarefa recolheu provas em residências de Pedro Augusto e de seus assessores na capital e em Niterói, na Região Metropolitana. A apuração está sob sigilo. Dos 42 parlamentares fluminenses investigados pelo MP, ao menos dez já tiveram pedidos de quebra dos sigilos fiscal e bancário à juíza Juliana Benevides, da 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça (TJ-RJ).

VEJA ainda não conseguiu contato com Pedro Augusto. Também empresário, ele é conhecido como “O Romeiro de Aparecida” pela sua devoção à Nossa Senhora Aparecida e por promover caravanas à Basílica de Aparecida, em São Paulo. Pedro tem um programa na Rádio Tupi, no Rio de Janeiro.

 

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